Hi-Fi e Quim Barreiros animam terceira noite da QF’18
O grupo de Viseu apostou num ‘medley’ entre vários estilos musicais. Quim não é Ivete Sangalo, mas foi ao som da sua primeira música que os estudantes levantaram poeira. Texto por Margarida Maneta. Fotografias por Inês Gama, Margarida Maneta e Isabel Simões
Na noite das cartolas e bengalas, os artistas portugueses invadiram o palco principal da noite do cortejo. A alegria de Hi-Fi e Quim Barreiros contagiou os presentes no Parque da Canção, apesar do cansaço e ausência dos que não se sentiram capazes de caminhar até ao recinto, ao contrário do que aconteceu nas duas primeiras noites.
Uma banda, vários estilos
A celebrar dez anos de estreia em Coimbra, os Hi-Fi marcaram presença no palco principal. A banda natural de Viseu abriu o concentro com a interpretação da faixa norte-americana ‘Born in the USA’, de Bruce Springsteen. No entanto, durante o concerto, o grupo apostou num ‘medley’ entre vários estilos musicais. Do rock, ao funk passou ainda pela música de origem espanhola. Apesar de, no início, o Parque da Canção se encontrar a meio gás, o público presente não ficou indiferente à musicalidade destes artistas. “Em dia de cortejo a responsabilidade é acrescida e a chegada ao recinto mais tardia”, reconhece Virgílio Carvalho, cantor do grupo. Todavia, o cansaço dos estudantes não desmotiva a banda que aposta numa interação “dinâmica e enérgica com o público”, reflete Virgílio.
Ruben Carvalho, estudante de Música na Escola Superior de Educação de Coimbra, caminhou até ao recinto com o propósito de ouvir a banda viseense. Conheceu-os o ano passado e adorou, afirma. Desde aí, está entre os presentes sempre que consegue, garante. Isa Mara Neves, ao contrário de Ruben, não conhecia o grupo. No entanto, a aluna de Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), não consegue deixar de acompanhar o ritmo das melodias desde que o espetáculo começou. “São incríveis”, revela Isa.
Com um sistema de luzes e até fogo à mistura, o grupo musical agarrou os presentes e chamou cada vez mais estudantes. Juliana Alcantara e Filipe Maia são um dos casais espalhados pelo público. A estudante de mestrado de Jornalismo na FLUC e o antigo estudante de Engenharia Mecânica na Universidade de Coimbra, deslocaram-se ao recinto para se animar ao som de Quim Barreiros. Desconheciam a presença do grupo Hi-Fi no cartaz da Queima das Fitas deste ano. Contudo, admitem ter sido uma surpresa agradável por ser um conjunto de artistas com “grande diversidade de músicas”.
O 31 de julho é o melhor dia para casar e o 6 de maio para dançar na Queima das Fitas
O alarme tocou como é habitual e os estudantes responderam à chamada do rei da música popular portuguesa. Apesar de mais cheio que o concerto anterior, o Parque da Canção acusou a falta de estudantes depois de uma tarde de cortejo. A cantoria decorria animada até ao momento em que uma falha no sistema de som durante alguns segundos silenciou o mestre da culinária.
“Sem o Quim não há Queima”, revela Sara Gomes, finalista do mestrado de Ciências da Educação na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Quim não é Ivete Sangalo, mas foi ao som da sua primeira música, ‘o melhor dia para casar’, que os estudantes levantaram poeira. Ninguém ficou alheio à alegria que o cantor presente na Queima das Fitas há 30 anos transmite.
Já para Filipa Sousa, finalista da licenciatura de Engenharia Informática da Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, é a primeira vez em quatro anos que assiste ao espetáculo uma vez que o cortejo durante o dia nunca a deixou chegar “até ao recinto”, confessa. Apesar de o alinhamento ser “igual a todos os outros anos”, Bruno Costa, finalista da licenciatura de Português da FLUC, admite nunca ter faltado à pista de dança do Parque da Canção.