Punks e roqueiros eletrizaram e fizeram vibrar o Palco Secundário

Punks e roqueiros eletrizaram e fizeram vibrar o Palco Secundário

Na penúltima noite da Queima das Fitas, os fãs do rock puderam assistir a quatro bandas portuguesas que realizaram ‘shows’ para um considerável público. Texto por Ana Laura Simon. Fotografias por Carlos Almeida e Ana Laura Simon

Na noite da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), o Palco Secundário da Queima das Fitas 2018 (QF’18) foi estrelado por bandas distintas, que na sua maioria trouxeram ‘covers’ de outros grupos. Abaixo do céu negro, brilhavam as luzes dos palcos que chamavam as pessoas que chegaram aos poucos.

Com um repertório de rock, com ‘covers’ de músicas estrangeiras e outras originais, a banda que abriu a noite no Palco Secundário foi The Teasers. Entre as luzes, a atuação iniciou-se com um solo de guitarra, em que o vocalista, Gregório Liz, declarou que os integrantes eram “quatro malucos saídos de um sótão apenas para o rock”. Segundo Mariana Paiva, estudante de Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), “a falta de adesão [aos concertos de rock] é normal”, afirmou, na tentativa de justificar a baixa adesão do público.

Aquando da atuação do grupo, uma das cordas do baixo rebentou. Com este imprevisto o espetáculo foi envolvido por um solo de bateria, seguido pela guitarra. Originário de Ovar, o grupo prosseguiu a apresentação com entusiasmo. Ao ser questionada sobre a razão da pequena adesão das pessoas, Filipa Gameiro, estudante de Enfermagem no ESEnfC, opinou que “o rock não cativa muito o público”.

Findada a atuação dos The Teasers, chegaram mais pessoas para apreciar a apresentação da banda Lazy Eye Society. Celine Rocha, estudante de Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, argumenta que uma das razões de o concerto ter corrido bem é que “eles deixam o ambiente e o público mais à vontade”, mesmo que “as pessoas não venham entre a meia-noite e uma hora da manhã”. Além da animação dos integrantes, o público achou cómico o homem que, vestido de cachorro, subiu ao palco e apresentou-se junto da banda. Cid Mendes, estudante de Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), destacou que, para si, o momento mais marcante da atuação foi quando eles “voltaram para tocar mais uma música a pedido do público”.

O entusiasmo do grupo Punk Some Noise trouxe pouco público ao Palco Secundário numa fase inicial, embora tenham interpretado músicas como “Sol da Caparica”, da banda Peste & Sida. Além do repertório português, o vocalista, Afonso Dias, convidou o baixista da banda anterior, Lazy Eye Society, para tocarem algumas músicas juntos. Rita Ramos, estudante de Enfermagem na ESEnfC, referiu que “há várias pessoas a divertirem-se com a energia [do grupo]”. No final da apresentação, tocaram mais seis músicas, entre elas da banda Tara Perdida, do cantor José Cid entre outros, e constituiu a atuação mais longa do Palco Secundário.

A sequência de concertos foi fechada pela banda No Relation, e teve uma adesão positiva do público, dado que os mesmos estava entusiasmado com o espetáculo. Entre as músicas, o vocalista indicou uma em especial, nomeada ‘Wish I Could’, que dedicou aos seus “amigos de Coimbra”. De acordo com Priscila Martins, estudante de Engenharia Química na FCTUC, o show estava “muito bom, bem como o palco”. Acrescenta, ainda, que os integrantes da banda “são poucos, mas chamaram a atenção de todas as pessoas”.

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